quarta-feira, julho 30, 2003

Para hoje não ser só má-língua aqui vai a sugestão literária da semana.
Por pouco mais de 4 euros saiu com o "Público" um livrinho do mais criativo escritor de língua portuguesa. Falamos - é óbvio - do Mia Couto e do seu romance "Terra Sonâmbula".
Leiam e acreditem que a nossa língua pode ser uma das mais belas e maleáveis formas de comunicação de ideias e imagens que existem.
Bem haja Mia.

Ainda a propósito da família Amaral Dias, acabei de ver a filhota do patriarca abaixo (acima ?)mencionado no p'ograma da Bá'bara Guimarães a falar de livros.
Escolheu o "Ligações Perigosas" para mostrar como é tão radical-chic. Realmente nota-se - e muito - que leu pouco.
Mas, se calhar, estava a pensar no Miguelito Portas (qual John Malkovich), ao lado de quem (qual Uma Thurman) foi fazer beija-mão, beija-pé, beija-o-que-ela-quiser, ao Présidentchi Lulá dá Silvá, tendo o momento ficado registado para posteridade nas fotos das revistas do ai-soçaite.
Tão nova e tão velhinha, a menina.

Já alguma vez ouviram o programa "Freud e Maquiavel" da TSF ao domingo de manhã?
Não ???
Não sabem o que perdem.
É o maior ataque (duplo) de narcisismo a que alguma vez assisti.
Eu obrigo-me a ouvir aquilo, semana sim, semana não, só para aprender como não quero ser quando for grande.
Eu lá tento achar qualquer frase que não venha untada de auto-complacência e auto-satisfação a 110%, mas não consigo.
Os intervenientes são do melhor, dentro do género: o psiquiatra Carlos Amaral Dias disserta sobre tudo e nada no estilo mais rebuscado e palavroso que se pode encontrar, só pedindo meças a político em situação de entalanço. Faz a melhor caricatura de intelectual no mercado, batendo todos os cómicos disponíveis por KO. O jornalista Carlos Magno espraia a sua vaidade a um ponto além do ridículo; quando não percebe o interlocutor faz umas interjeições que é para não dar parte de fraco. Quando o oiço só me lembro da estórinha que me contou um amigo sobre quando ele dirigia a delegação do "Expresso" do Porto e começaram a aparecer os telemóveis. Reza a lenda que foi para a casa de banho telefonar aos colegas, só para experimentar e exibir o seu então recente télélé.
A palavra favorita dos dois é "fantástico". É tudo "fantástico" desde a mais comezinha observação do parceiro à mais elevada referência cultural que trouxeram anotada para o programa.
"Fantástico" melgas, como dizia o Mike (vejam lá se identificam a referência ?).

segunda-feira, julho 28, 2003

Voltando ao livrinho que referi do J. Barzun, encontramos uma pérola da observação.
Segundo ele - e isto continua a ser actual - nós deixámos de conversar intelectualmente.
Em vez de construirmos uma conversa, articulando o nosso raciocínio no dos nossos interlocutores, analisando argumentos, avançando para novas ideias, limitamo-nos a "trocar" ideias", no sentido comercial do termo. Toma lá a minha opinião, dá cá a tua, e pronto, já está, ficamos à mesma na nossa e tudo fica na mesma.
Realmente, embora escrito em 1959, isto retrata a nossa actualidade até á medula. Ninguém está para pensar sobre o que os outros dizem. Apenas se aceita ou recusa, ponto final, sem mais elaboração. E quando as ideias diferem, o mais habitual é uma de duas soluções, sorrisinho e assobio para o lado, do género "tá tudo bem" ou então enxofranço do grosso e troca de piropos.
Agora discutir ideias, analisá-las, aperfeiçoá-las, modificá-las perante os outros, isso é que não.

A dupla dinâmica - Jaime Ramos e Alberto João Jardim - voltou a atacar.
Voltaram ao disparate avinhado (o 2º) e à ofensa pura e simples (o 1º).
Vê-se a dignidade e verticalidade dos maiores dirigentes políticos de um país, por aquilo que consentem e fingem não ver.
Se estes senhores foram eleitos (já agora, o Hitler também foi eleito), o problema é de quem os elegeu. Agora que deviam ser obrigados a ter um partido só deles, lá isso deviam.
Nenhuma cúpula política devia admitir tamanha acumulação de baboseira.
Mas parece que todos têm medo de ser considerados inimigos da autonomia e lá vão comendo e calando.
E eles lá vão continuando.

Também eu apanhei com o mail a pedir para assinar o manifesto, ou algo parecido, sobre a situação da justiça e o funcionamento dos tribunais.
Mesmo que eu, por regra, não apagasse logo este tipo de "correntes" de solidariedade e afins, este mereceria logo o caixote do lixo directo.
Porquê ?
Em primeiro lugar porque os(as) senhores(as) políticos(as) que assinam a coisa têm sido parte integrante do establishment e foram eles que fizeram, aprovaram, promulgaram ou aconselharam toda a legislação em vigor.
Segundo, porque não vale a pena criticar o Berlusconi e depois querer fazer uma coisa parecida.
Terceiro, porque logo a sôra Dôtoura Leonor Beleza é um dos expoentes máximos (cf. processo dos hemofílicos contaminados) que mais explorou as debilidades do nosso sistema judicial.
And last, but not the least, eu não assino nada por baixo do nome do senhor deputado Jorge Lacão, uma das almas mais desanimadoras - para não usar termos piores - do nosso "espectro político. Com mais ideias originais que ele, só mesmo aquele senhor que aparece nas fotografias do jet7 ao lado da Bárbara Guimarães.
Tende vergonha ou já se esqueceram que o que existe - mal ou bem, não vem ao caso - foi feito com o vosso beneplácito activo ou passivo ?
Agora a culpa é dos juízes ?

sábado, julho 26, 2003

Para leitura de férias, uma proposta toda intelectual.
Quando se anuncia a publicação portuguesa do importante "Da Alvorada à Decadência" de Jacques Barzun, leia-se o seu ensaio menos conhecido "The House of Intelect", editado originalmente em 1959, mas reeditado em 2002 nos "Perennial Classics" da Harper and Collins (isto já parece aqueles blogues sérios à brava), estando actual como nunca.
Custa uns 12 ou 13 dólares na Amazon e demonstra-nos, num tom elitista q. b., os perigos e ataques que diariamente o Intelecto sofre, mesmo às mãos dos que dizem representá-lo.
É uma pequena delícia de análise das cedências ao facilitismo e à imbecilidade, quantas vezes feitas em nome de boas causas.

Já não há mentiras como antigamente.
Agora é difícil encontrarmos algo mais do que o "grau zero" da mentira - o "não fui eu !", o "não estava lá !", o "não sei do que fala !" ou o mero e indignado "isso é mentira !!".
Nunca os desmentidos foram tão pobres como agora, com razão ou sem ela.
A mentira já foi uma arte (veja-se a propósito o que escreveu Oscar Wilde), agora é um mecanismo automático.
A mentira já exigiu imaginação, sofisticação. Agora está reduzida à negação mais rasteira.
A mentira já foi, e não tão invulgarmente, melhor do que a verdade.
Agora é tão má como a própria verdade.

Em toda a discussão em torno do caso da "Casa Pia" e do eventual envolvimento de figuras públicas (leia-se políticos), com as escutas a Ferro Rodrigues a terem papel de relevo, a atenção tem estado quase exclusivamente virada para as questões de ordem jurídica e política.
Ora, sendo estas questões muito importantes, tem sido progressivamente obscurecido um aspecto decisivo para o incómodo de toda a gente e que é o da natureza do "crime" em causa ser de ordem sexual.
Para abreviar, penso que esta atitude resulta do grande desconforto que as nossas elites políticas, herdeiras da geração de 60 em especial do lado da Esquerda, falam publicamente deste tipo de assuntos.
Já sabemos que cresceram em ditadura e em tempos de frustração sexual, mas começa a ser demasiado patológica a clivagem entre o discurso privado, todo eivado de serôdio "marialvismo" e macjismo, e a atitude pública de teórica tolerância para com os comportamentos sexuais, no plano teórico da defesa dos Direitos Humanos - e aqui a liderança do Bloco de Esquerda é a mais hipócrita de todas.
Quanto se trata de situações concretas e quando, me que de raspão, lhes toca qualquer insinuação, ficam logo todos muito encrespados. É uma pena que ainda não tenham ultrapassado os traumas da juventude, para além dos "affairs" mantidos de forma ostensiva para os seus pares mas ocultados para o público.
É como se a doutrina-Portas para o jornalismo - só lhe interessavam as questões de mau uso da coisa pública, mas não queria saber dos comportamentos privados (vá-se lá saber porquê...) - vencesse em toda a linha, como estratégia tácitamente aceite por todos mpara encobrimento mútuo.
Estejam, ou não, políticos envolvidos no escândalo da Casa Pia - por acção ou omissão - a verdade é que muita gente sente o rabo (salvo seja) a arder, porque sabe que os seus telhados não são de vidro.
E, para mim, é sempre relevante podermos avaliar o comportamento dos políticos enquanto cidadãos pois, só assim, poderemos verdadeiramente avaliar o seu carácter e a sua adequação aos cargos que pretendem desempenhar.
Que me interessa um mau gestor, que leve fraudulentamente empresas à falência e fique com os subsídios, para cargos na estrutura económica ou financeira ?
Que me interessa uma pessoa privadamente intolerante e abusiva para campeão dos Direitos Humanos ?
Que me interessam virtudes públicas, se a elas não corresponde um pomportamento privado correspondente ?


sexta-feira, julho 25, 2003

Sinto-me negligenciado.
Aparentemente, ninguém quer escutar as minhas conversas telefónicas.
Já ao Ferro ouviram 1700 e o homem nem parece dado a conversas interessantes.
Sou mesmo um tédio.

terça-feira, julho 22, 2003

Dei mais uma voltinha pelo que chamo "os blogues incestuosos".
Que inveja.
Tantos links e referências culturais e leituras de coisas estrangeiras e até imagens.
Até parecem uma daquelas coisas arcaicas, como é que se chamavam ? Ah !!! Já sei !!
Eram os sites da Internet, muito comuns na transição do milénio, mas que deixaram de estar na moda.
Tinham deixado de ser espontâneos e estavam muito carregados de informação.
Por isso é que surgiram os blogues.

Ainda a revista de imprensa.
A Margarida Martins da Abraço (a tal que perdeu 65 kg fazendo com os rapazes da Maxmen afirmem que gostariam de conhecer a rapariga que dela saiu) dá uma entrevista em que, a páginas 24, diz não ter nunca recebido subsídios do Estado para as suas acções de divulgação nas Escolas. No entanto, a páginas 25, afirma que 50% do orçamento da organização é suportado pelo Estado.
Então no que é que ficamos ?
Então não é do orçamento que se financiam as actividades da organização ?
A Guidinha já me faz lembrar aqueles intelectuais e organizações de esquerda (quanto mais BE melhor) para quem o Estado é mau, o capitalismo é mau, a globalização é má, é tudo mau, menos quando há uns subsídios a receber.
Aliás, quanto mais gritam, maior é a mama.
Nunca devem nada a ninguém, porque parece que tudo lhes é devido.
Bem hajam...

sábado, julho 19, 2003

Revista de imprensa, revista de imprensa !!!
É sábado e tenho tempo para ler !! Uau !!!
Mas chega o "Expesso", que já é muito papel.

A grande notícia da semana (quiçá do ano) é que a primeira espécie animal protegida pela UE é o "burro mirandês". Comentários para quê ???
Julgo que não fazem isso genericamente ao "burro português" porque não é uma espécie que precise de ser protegida. Dá-se bem em qualquer ambiente e reproduz-se em cativeiro e fora dele. Quanto muito seria necessário limitar-lhe a área da acção para que não destrua o ambiente de que se alimenta e não dizimeas restantes espécies.
Não sei o que terá de especial a variante mirandes, mas provavelmente será uma mutação não completa e puramente asinina.

Continuando na área dos asnos.
Um ponto a favor do nosso sistema educativo: O Luís Filipe Menezes vai escrever/publicar 3-livros-3.
Boa onda.

Ainda no reino animal a Inês Pedrosa brinda-nos com a seguinte pérola. "Há cada vez mais sapos disfarçados de príncipes e rãs de princesas".
A menina, por acaso, não terá visto por aí um espelho a passar ?

Por fim, mais no âmbito da auto-indulgência pavoneante (não sei nem me interessa se a palavra existe) a digníssima Clara Ferreira Alves afirma que "O português não investe um cêntimo em literatura ou em pensamento".
Bem.
Das duas, uma.
Ou vou pedir o dinheiro que dei pelo jornal em que a senhora escreve de volta ou ela própria se inclui no lote dos que não produzem nada que valha a pena pois, tenho a absoluta certeza, gastei quase 3 euros num monte de papel, no qual pensava encontrar uma centelha de ideias ou qualidade.
Mas, a senhora anda desgostosa com Portugal (cf crónica de 25 de Abril passado). Realmente este é um país triste; qualquer uma chega a directora de instituições culturais e de revistas literárias, não falando a cronistas da imprensa de referência (agora já tenho as minhas dúvidas, depois do que li).

Valha-nos o burro de Miranda.


sexta-feira, julho 18, 2003

Embirro solenemente com a sótôra Ana Benavente.
É daquelas almas cujo estado de auto-beatitude atinge píncaros que para mim são incompreensíveis.
Numa área com tantos desastres como a nossa Educação considero-a o equivalente ao terramoto de 1755, só que sem se adivinhar ainda uma reconstrução pombalina pra voltar a colocar tudo de pé.
Hoje, li no Público um seu elogio fúnebre que é tudo menos um elogio do defunto, mas uma evocação de si própria e da sua "obra".
Pelo menos, respeite os mortos sótôra, porque dos vivos já tratou da Educação.

Foi publicado há poucos dias o "Elogio do Imbecil - Os Inteligentes construiram o mundo, os estúpidos vivem à grande" do jornalista italiano Pino Aprile.
Embora o conteúdo não corresponda em pleno às expectativas, só o título é uma pequena maravilha.
Recomenda-se bloguistas e não só para efeitos de introspecção e auto-análise.

quarta-feira, julho 16, 2003

Voltando aos blogs de referências recíprocas, razão tem Pacheco Pereira ao dar voz às dúvidas que se levantam sobre o que se passa entre aqueles que, em virtude da teia que estabeleceram entre si, se tentam apresentar como os arautos da blogosfera.
Com efeito, o que fazem é recriar uma hierarquia pseudo-meritocrática de que, na maior parte dos casos, negam a validade na sociedade.
Então, quando se louvam entre si e connosco partilham a forma como se cumprimentam quando se cruzam lá na rua (cf. troca de galhardetes entre o "Espectador Comprometido" e os do "Blog de Esquerda"), isto não passa de uma forma mal disfarçada de narcisismo.
Poupem-nos... porque quem vos conheceu e conhece apenas confirma o que de vós já pensava e quem não vos conhece, provavelmente perderá qualquer vontade de vos conhecer.
Quanto a quem se afirma viciado na blogosfera e não consegue passar sem umas horas a saltitar de blog em blog, estão em boa altura de encontrar o que fazer na vida.
Façam como o Elvis Costello que há uns tempos dizia que desde que tinha comprado uns óculos cor de laranja a vida tinha ficado muito melhor. Que era melhor que as drogas, e que ele sabia do que falava.
Realmente anda por aqui muita gente com pouco que fazer...


terça-feira, julho 15, 2003

Estive a fazer uma ronda rápida pelos blogs da moda, mais especificamente, aqueles que se citam uns aos outros e fazem links entre si e cujos autores depois se falam na rua e no café, dão palmadinhas nas costas e depois se recomendam nas páginas dos nossos jornais.
Isto está extremamente endogâmico e, como consequência, o mais certo é começarem a dar degenerações genéticas de tanta cópula em família.
Estamos todos tão satisfeitinhos connosco, com os nossos amigos e nós todos juntos.
Finalmente podemos masturbar-nos (espero que só) intelectualmente em grupo, à vista de toda a gente.
Isto rapidamente se tornou um Portugalzinho de vaidades, à beira mar plantado.
Ai como nós gostamos de sermos conhecidos, mesmo quando dizemos ser anónimos. Ai como nós queremos o nosso pedacinho de fama, seja uma referência no DNA no Público ou onde quer que seja, que tenha letras e seja impresso.
Enfim, nada como sermos nós mesmos em todo o nosso esplendor.

É imperdoável, mas tinha-me escapado uma daquelas pequenas notícias que nos dá alento quanto ao futuro da nossa juventude.
A camarada Jamila Madeira está a preparar a campanha para ser deputada europeia.
Segue a senda do antecessor "jovem" Sérgio Sousa Pinto, que por sua vez seguira a do António José Seguro que, por sua vez, acompanhara as tendências jovens do PSD Carlos Coelho há uns anos.
Não há nada como ver a juventude a precaver o futuro. Bom ordenado, pouco que fazer, em pleno centro da Europa civilizada. Uma pessoa junta uns cobres para uma casinha e mais uns tarecos.
Não há nada como a juventude.
Estes jovens são o nosso futuro.
Viva !!!

sábado, julho 12, 2003

Duas notas positivas esta semana...

A entrevista de Rui Rio no Jornal da Noite da 2 mostrou que é possível ser Presidente da Câmara do Porto e não ser destituído de sentido de Estado e de níveis mínimos de decência. A comparação com o confrade de Gaia, tão feliz no seu casaquinho às ricas azuis e brancas, é demolidora.

A entrevista do Manuel Monteiro à Visão em que, apesar das limitações do personagem, se revelam os meandros negociais do actual CDS, rebelde até poder lamber do tacho do sistema. Se mais não fora, pelo que disso se aflora o homem mereceria destaque.

Nota final de tristeza...

A crónica de um senhor chamado Santana Castilho no pÚblico de hoje (sábado) acaba com um parágrafo tão demente, tão imbecial, que uma pessoa se interroga se o homem está na posse de todas as suas faculdades. Entre outras coisas, queixa-se de receberem salário os docentes que, estando na carreira (só assim é possível), foram declarados incapacitados para o trabalho docente por questões físicas ou psíquicas. O que é que o cronista queria ? Que fossem arrumar carros ? Só espero que o cuspo nunca lhe caia em cima.


sexta-feira, julho 11, 2003

Um grande espécime de intelectual português é o Boaventura Sousa Santos.
O homem é um colosso da intelectualidade rebelde e contestatária.
Não se percebe bem se o que ele quer é uma república popular tipo Albânia, mas lá que ele defende as acções de berraria popular defende. Agora, na Visão desta semana, é o elogio do povo de Canas de Senhorim e da elevação da sua terra a concelho.
Claro que foi tudo à margem da lei, mas a lei é uma coisa burguesa.
Só é pena que sejam essas leis que lhe permitem arranjar subsídios de milhões de euros para os Observatórios a que pertence e que lhe permitem fazer investigações bem dispendiosas.
Pois, porque contestar o estado é uma coisa, deixar de mamar nas suas tetas é outra.

quarta-feira, julho 09, 2003

Prémios feijoca da semana para políticos...
Alberto Martins (PS) - Ainda está com a cabeça em Sevilha (em trabalho político, claro...).
António Preto (PSD) - N�o descobriu a maravilha que é a terapia da fala. Será que nas escutas a que o Expresso teve acesso se percebe mesmo o que ele diz ?
Jorge Lacão (PS) - Será que ele próprio percebe o que quer ?

O mundo está a ficar perigoso...
Vi há pouco a nossa Ministra das Finanças com um vestido com motivos à tigreza.
Já de manhã tinha visto a Celine Dion de mini-saia.
Estou com medo de voltar a ligar a televisão.
Quando pessoas com idade para serem minhas mães (quer dizer, a Celine não tem essa idade, mas é como se tivesse...) se vestem assim, a situação fica difícil de aguentar.
A minha líbido está transida de medo.

segunda-feira, julho 07, 2003

Quer dar a sua opinião e juntar-se à grande corrente ?
Tente-me...
eupaulo@oninet.pt

Há uns dias atrás, o grande líder das massas oprimidas, a.k.a. Fernando Rosas, congratulava-se por ter sido o Bloco de Esquerda o único partido presente na parada do Orgulho Gay.
Esfreguei os olhos...
Logo ele, que o tinha por impenitente homofóbico.
Uma falha destas...
Não sei onde terei ido buscar uma ideia daquelas.
Provavelmente, percebi mal quando o ouvi chamar prostituto a um aluno homossexual. Se calhar queria dizer substituto, como naquela velha anedota.
Mas devo ter sido eu que percebi mal o verdadeiro sentido da ideia expressa daquela forma.
Enfim, públicas solidariedades, ódios privados.

sexta-feira, julho 04, 2003

Agora estou com pressa mas não posso deixar de lançar este reparo...
Será que o Piet-Hein não tem mão na Alexandra Lencastre ?
É que a rapariga não pára de se oferecer em tudo o que é revista.
Por amor de Deus, alguém que lhe atire um armário para cima, para ver se ela acalma. Aquele pipi está em chamas...

quarta-feira, julho 02, 2003

Este é mais um blog de má-língua... mas não só.
É um blog para dar livre curso à irritação despertada pela leitura (ou visionamento) do que escrevem (e dizem) alguns daqueles que se consideram certamente dos seres mais inteligentes do nosso pequeno país. Para reclamar vingança pelo disparate publicado com presunção de elevação intelectual ou para zurzir a figura pública que aparece apenas para divulgar mais um lugar-comum.
Poder-se-á comentar a actualidade ou ir-se em descoberta de esqueletos nos arquivos mais antigos da memória.
Tanto pode ser para interrogar da possibilidade de vida inteligente acima do pescoço do Manuel Serrão (a sério, o perímetro cefálico do homem é inferior ao do pescoço) ou para descobrir se mora vergonha ou modéstia no corpinho da Clara Pinto Correia.
Promete-se para breve uma análise aprofundada do ódio da Clara Ferreira Alves pelo seu país, anunciado em crónica do passado dia 25 de Abril, pobre país esse que a deixa escrever num jornal de referência e dirigir uma entidade cultural de interesse público.
Prometem-se muitas outras novidades e excentricidades.
Assim a vontade se mantenha e o desânimo não se instale.

Até à próxima...



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