domingo, janeiro 25, 2004

A Madeira é um Jardim

Parece que o governo pondera a possibilidade de regionalizar a RTP-Madeira.
Vocês já imaginaram o que era uma estação de televisão ao dispor, a seu bel-prazer (ainda mais do que agora) do Alberto e dos gorilas que o acompanham nas inaugurações, incluindo o Jaime Ramos (o elo perdido com os nossos antepassados primatas, sem desprimor para eles) ?
MEDO, MUITO MEDO.

quinta-feira, janeiro 15, 2004

Esquerda carapau

Ontem na 2:, em pleno debate do programa “Conselho de Estado” dei com a jovem psiquiatra (filha de psiquiatra famoso) Joana Amaral Dias, também deputada do Bloco de Esquerda (aparentemente compagnon de route do famoso não-deputado Miguel Portas) a dar opiniões sobre um assunto que não percebi bem, de tão espantado fiquei.
A jovem já esteve mais jovem.
Acho que a rapariga ainda está nos vintes, mas a vida política ou a vida dos políticos anda a dar-lhe cabo da pele. A Joaninha está um pouco acabada.
Quanto a tiques nem é bom falar. Para psiquiatra o caso está bonito. Ela é olhinhos, ela é mexidas compulsivas no cabelo.
Depois, parece que a pulsão bloquista lhe anda a toldar o raciocínio, se é que alguma vez o teve claro, pois nunca a conheci antes da presente (e desastrada) encarnação.
Falava-se de qualquer coisa relativa à Justiça, penso que não devia andar longe da Casa Pia.
A propósito de um comentário qualquer, a jovem mostrou a sua faceta contestatária: a sociedade contemporânea está cada vez mais autoritária e, como exemplos, a jovem Amaral Dias fala da videovigilância e dos actuais meios sofisticados de vigilância à distância dos cidadãos. Parei logo ali. Era demasiado discurso-padrão do Bloco de Esquerda para um programa só.
Pois é, a jovem deve andar a confundir “autoritária” com “securitária”, mas enfim, cada vez que a rapariga fala se vê toda a fragilidade que o “ego” desmedido do pai provocou na sua infância.
Vamos a ver: uma coisa é vigiar, outra exercer autoridade.
Aliás, ainda não vi nenhum processo relevante usar materiais audiovisuais como meios de prova, seja de pancada à porta de discotecas, excesso de velocidade nas autoestradas e outras vias rápidas ou seja o que for. Coscuvilhar, bisbilhotar, está no nosso sangue. Agora o exercício da autoridade parece ser ser uma “vaca sagrada” por causa do nosso Salazar. É logo tudo fascismo.
Vê-se uma câmara de videovigilância numa loja de roupa vem logo aí a ditadura, a polícia política e a repressão das liberdades e garantias.
Escutam-se suspeitos de pedofilia, é o Estado de Direito que vem abaixo.
Cá para mim, a Joaninha devia dedicar-se a qualquer outra coisa. Como a política e a psiquiatria não parecem ser áreas em que se mova com grande naturalidade, e para não fugir de actividades iniciadas com a letra “p”, que tal dedicar-se à “pesca” e – se possível – longe das câmaras de TV e da sua iluminação impiedosa.


PS – O que é que o historiador António Costa Pinto estava a fazer naquele debate ? O historiador é um bom historiador e até pode dar opiniões avulsas sobre o que calha, mas tinha dele ideia de um maior bom senso na exposição pública.

sábado, janeiro 10, 2004

Estou confuso e o caso é grave

Na 1ª página do Expresso diz-se que o Algarve vai ter 41 campos de golfe até 2020. Nas páginas interiores o título diz que vão ser 42. No texto da notícia diz-se que são 41.
A questão é importante. Preciso de ser esclarecido.
É muito diferente se são 41 ou 42. É todo um campo de golfe de diferença. É muita erva com buracos e senhores com calças esquisitas com paus na mão.
Por outro lado, não percebo se no Expresso não sabem contar ou se não descobriram uma coisa que dá pelo nome de "revisor". É um conceito recente no jornalismo, mas penso que seria possível encontrar um com um bocadinho de esforço.

Carrilho candidato à CML - A opinião do povo

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domingo, janeiro 04, 2004

Desencontros

- Sabes ? Fui ao casamento da Tchizé !
- Santinho ! Foste ao casamento de quem ?
- Fui ao casamento da Tchizé !!!
- Santinho !! Mas afinal foste ao casamento de quem ?
- Bolas, fui ao casamento da Tchizé !!!!!
- Santinho, homem !!! Se não queres dizer a que casamento foste é contigo.

sábado, janeiro 03, 2004

Galeria de blogs vácuos - Parte I - O Comprometido Espectador

Iniciaremos hoje uma galeria dos blogs nacionais, com destaque para os que mais nos arrepiam pela vacuidade e indulgência. Como tenho vida e pouco tempo para estar de olhos no computador horas a fio, a selecção é curta mas incisiva.
Comecemos por um dos mais evidentes candidatos a blog mais imbecil da paróquia, o dito “Comprometido Espectador”.
É bom que o diga que nunca fui amigo ou inimigo do seu autor, embora o conheça há duas décadas.
Quando soube que tinha um blog, fui ver, por mera curiosidade, para perceber se tinha evoluído em algum sentido desde que lhe perdi um pouco o rasto.
Nada.
Continua pedante, ignorante, pretensioso e vazio como sempre.
Pelo menos podia ter piorado, ter ficado mais estúpido, por exemplo, sempre era uma evolução. Era “mais” qualquer coisa.
Infelizmente, se está “mais” alguma coisa é “mais” do mesmo.
Nem vou retirar nacos da sua prosa, para demonstrar o que escrevo, pois basta visitarem-no.
O LA sempre soube pouco, e de forma trivial, embora convencido que sabia muito e de modo original. Alguns amigos, criados à sua semelhança, partilham as suas inclinações e estratégias, mesmo que sob a capa da discussão.
Vejam-se as diletantes referências mútuas em que se comprazem textinho a textinho. Como eles não cresceram, pensando que cresceram. Caramba, qualquer dia têm 40 anos.
O LA/Comprometido Espectador continua igual ao que era nos bancos da Escola. Sempre a lutar por uma notoriedade que lhe escapa, apesar das suas promessas em contrário. Sempre a perseguir os mais importantes, na esperança de sobre ele lançarem um pouco da sua luz.
Nunca o esquecerei perseguindo os professores de esquerda da Faculdade – ele que se diz de direita – na esperança de o recompensarem pelo seu labor.
É daquelas imagens que se inscrevem na nossa memória e são difíceis de apagar.
Talvez por isso, cada vez que leio um dos seus posts me entristeço.
Bolas, Luciano, vê se desenvolves.

Direita, esquerda, volver

Nunca percebi a mania dos cronistas/jornalistas que escrevem sobre blogs com o alinhamento político dos mesmos. Nem percebo muito a preocupação ostensiva de vários autores de blogs de se posicionarem politicamente e dialogarem repetidamente entre si nessa base.
Acho que os dois fenómenos estão ligados porque quem escreve sobre os blogs normalmente escreve sobre os de pessoas que conhece e faz parte daquele grupo de bloggers que escrevem uns para os outros o que conversam à mesa do café. Normalmente são blogs que se pretendem profundos e ostensivamente inteligentes. Os seus autores raramente têm essas qualidades mas estão convencidos que as têm.
Divirto-me ao lê-los num segundo momento, pelo ridículo da situação, após a reacção inicial de náusea.
Porque vou lê-los ?
Porque não gosto de dizer mal do que não conheço, mesmo quando conheço as criaturas há mais tempo do que qualquer penitência me imporia, mesmo pelos padrões da Idade Média.
Felizmente, o Gato Fedorento, sem nenhuma dessas características (auto-complacência, erudição estéril, criatividade nula, aparato técnico, múltiplos links, pretensões políticas), tornou-se o mais visitado dos blogs portugueses.
O que prova que os frequentadores de blogs são bem mais inteligentes do que aqueles que nos apresentam como os responsáveis pelos melhores blogs nacionais.

Equívoco, certamente

Manuel António Pina ao escrever há um par de semanas sobre a “blogosfera” afirmava, um pouco por comparação com a imprensa, que aí era onde agora melhor se escreve.
Agradeço pela minha parte, embora duvide que esteja incluído no lote, mas tal consideração levanta algumas questões muito delicadas.
Em 1º lugar, insinua-se que não é na imprensa que estão os melhores escribas, como jornalistas, editorialistas, cronistas ou qualquer outro “istas”. Isto parece-me heresia. Não quero pensar que a nossa imprensa não acolhe que de melhor escreve entre nós.
Ora se a imprensa acolhe – por certo – o que de melhor há entre nós, levanta-se uma 2ª questão que é a de que nesse meio, tais escribas não têm condições para darem o melhor de si e só o conseguem fazer verdadeiramente nos seus blogs. Ora aqui está nova heresia. Não posso acreditar que a nossa imprensa não seja um espaço de plena liberdade e criatividade, onde os seus colaboradores não possam expressar-se ao seu melhor nível.
Considero, pois, que MAP esteja certamente equivocado ou, então, que não tenha tomado consciência das ramificações heréticas do que pensa.

sexta-feira, janeiro 02, 2004

Ela tá tiste, possas

A Marisa Cruz está triste por não a levarem a sério e a não acharem inteligente.
Filha, se alguém está preocupado com o teu intelecto, és só tu, porque mais ninguém que eu conheça alguma vez me disse: “Eh pá, já viste o intelecto da Marisa Cruz ?”
O espantoso é como convenceste o “Expresso” a dar-te tantas páginas.
O jornalismo de referência já não é o que era.
Filomena Pinto da Costa, ainda acabas por ter outra oportunidade.

Ficas sem emprego, ficas

Num acto de lucidez, Francisco Belard qualifica no “Cartaz” do «Expresso» da passada semana as pseudo-memórias de José António Saraiva - o director do dito periódico para os mais distraídos – como a grande desilusão literária da temporada.
Só discordo numa coisa: considerar que aquilo cai na categoria de literatura, ensaio ou o que quer que seja que não passe pela auto-complacência indulgente, passe o pleonasmo forçado.
Se ao fim de duas décadas à frente do maior semanário português o que tem para nos contar é aquilo, grande cócó.
Se tinha mais alguma coisa, mas não os teve no sítio para contar, então mais valia ir conversar com a Maria João Avillez para o Museu de Cera da Madame Tussaud.

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