O Espelho das Virtudes

E o nosso "primeiro" à coerência do discurso político, como o outro aos costumes, disse nada...

Para quê fingir que se reflectiu muito e que a decisão não está tomada, se não se reflectiu muito e a decisão já está tomada.

O Zezinho das RGA's e o Paulinho das Feiras (bem como Pedrocas da Kapital) são as várias faces de uma e mesma moeda.

Repórter: Dr. Santana Lopes, como comenta a possibilidade de Durão Barroso ser Presidente da Comissão Europeia ?
S. Lopes: Não devo, nem posso, comentar essas situações.
Repórter: Estaria disponível para ser Primeiro-Ministro ?
S. Lopes: Não posso comentar nenhum desses cenários neste momento.
Repórter: Tudo bem, compreendo.
S. L.: Repare, que não posso, nem devo comentar essas situações.
R: Já percebi, tudo bem.
S.L.: Perceba que não posso dizer-lhe nada.
R: Está entendido.
S.L.: Não insista, porque não lhe vou dizer nada.
R: Está bem, eu não estou sequer a insistir.
S.L.: Não tente colocar palavras na minha boca porque eu não quero falar.
R: !!!???
S.L.: Não insista, já disse.
R: Arre !!!

De acordo com a lusa esgotaram-se os sapos vivos em Portugal.
Foram registadas grandes encomendas ontem cerca das 23 horas para a Torre das Antas e para a morada de uns senhores chamados Manuel Serrão, Miguel Sousa Tavares e Rui Santos. Alguns foram enterrados junto às balizas do Estádio do Dragão.

Consta que os últimos seguiram para Londres.

Pois é.
Portugal começou a jogar em Lisboa e começou logo a ganhar.
O problema era jogar no Porto, no Estádio dos Bimbos da Costa.
Nos quartos de final, embora seja na Luz, sempre há esperança.

após a derrota voltaram os agoirentos do costume, mortinhos por trincarem o Scolari.
A selecção devia ser o Porto com mais dois ou três voltaram a dizer.
Para quê ?
Para fazerem passes como o Paulo Ferreira aos avançados da equipa contrária ?
Para levarem cartões amarelos nos primeiros 20 minutos de jogo como o Costinha ?
Será que o Ricardo Carvalho tinha evitado algum dos golos ? Ou será que o Baía agora até defende penalties ?
Tenham juízo.
O Deco sim, esse valeu a pena entrar e o Maniche não envergonhou ninguém.
Tirando ele, do Porto, falta só do Derlei, mas esse ainda não naturalizaram.
Será que do Scolari naturalizado já gostavam ?

Não gosto muito da nossa política e nada mesmo de campanhas eleitorais.
A actual só serviu para provar o meu ponto.
Ganhámos uma pilha de disparates, inanidades e exibições desnecessárias de estupidez, a começar pela sôra Ana Manso, estúpida entre as estúpidas (embora o tipo da JC, o copinho de leite João Almeida, acho eu, lhe ficasse pouco atrás).
Perdemos um grande homem, sem necessidade nenhuma.
Se outra razão não houvera, esta chegaria para me divorciar cada vez mais da política.
Tal como o fumo, pode matar, não só a alma de tédio mas também o corpo de exaustão.

Grande alarido com o trânsito de Vénus.
Compreendo o entusiasmo para os cientistas, mas para o vulgo que interesse é que tem ver um pontinho negro a atravessar uma bola de luz.
Chamem-me básico, mas há gente muito parva.

Dizem as notícias que Portugal foi classificado em 17º na distribuição de riqueza por habitante.
É boa !!!
Anda para aí muita dinheirama mal distribuída, essa é que é essa.
É como a história do frango que um comeu , o outro viu e a estatística dividiu metade para cada um.
Nesta lógica, o Brunei deve estar nos primeiros 5, pois só o sultão tem dinheiro para dividir pela população toda e ainda sobra.
caso contrário, há mais de 150 países que nem quero ver.

A candidata PSD a deputada europeia Ana Manso elevou o nível do discurso político interno com os seus comentários sobre o também candidato PS Sousa Franco. Só com raparigas combativas como ela poderemos identoificar todos aqueles que, entre nós, tenham qualquer anomalia física para que os possamos exterminar depois de os gozar publicamente. Bem haja, estamos consigo.

Comité Radical de Cabeças-Rapadas e adeptos de Claques de Futebol

Não sei se algum dos não pronunciados no processo da Casa Pia é inocente ou culpado (quer dizer, há um que todos que o conhecem sabem o que faz, mas isso não vem ao caso).
O que sei são outras coisas:
a) Muita incompetência está a vir ao de cima, em particular na construção da acusação. Não sei se incompetência negligente ou dolosa. Esta incompetência resulta do facto de cada vez existirem mais incompetentes em posições-chave, em virtude da falta de exigência que alastra em todos os níveis da nossa sociedade. Como existem necessidades quantitativas de provimento de lugares, os critérios qualitativos para os preencherem têm baixado a níveis inimagináveis.
b) Cada vez existem menos crimes atribuídos aos arguidos do processo. Por uma ou outra forma, vão desaparecendo: má condução da investigação, pormenores processuais, habilidades ilibatórias, etc.
Uma coisa eu prevejo: vamos ter um ou dois bodes expiatórios e o resto dissolver-se-á em fumo. Ao contrário de muitos indignados, acho que muitos dos envolvidos não vão ficar marcados por este processo. À distância vão ser vistos como uns heróis que resistiram aos mecanismos repressivos da Justiça portuguesa.