quarta-feira, maio 26, 2004

O PC é grande

O nosso primeiro, o Durão Burroso como é conhecido nos States, acordou um destes dias obcecado com o PC.
Chama-se a isto a regressão até 1975.
O homem ou pensa que o PC ainda domina o mundo ou então anda a ver se disfarça que tem duas inaninades no Governo que nada fazem, uma no Ministério da Administração Interna (exemplo clássico de morte cerebral não comunicada ao corpo) e outra no Ministério da Defesa (vã glória de ser ministro a todo o custo).
Caramba, para quê tanto alarido com o PC ?
afinal ainda estamos nos dias dos Meninos Rabinos que Pintam Paredes ?
É para isso que temos um 1º ministro ?
Se o nível do discurso e debate político está baixo, por certo que Sua Excelência muito tem contribuído comn aqueles tiques de menino da Associação de Estudantes de Liceu (nem já falo de Universidade).

sábado, maio 22, 2004

Coincidências

Para provar que ainda existem coincidências neste mundo tão racional, no caderno “Actual” do jornal Expresso deste fim de semana surgem em destaque os lançamentos dos últimos livros de Maria João Avillez (colunista do Expresso) sobre Álvaro Cunhal, com entrevista e tudo, e de Clara Ferreira Alves (colunista do Expresso) na forma de um volume contos, com fotos do lançamento e tudo.
Ora digam lá se não é de uma pessoa renovar a fé no poder das coincidências.

quinta-feira, maio 20, 2004

Prioridades

Na semana passada alguns diplomas da nova legislação laboral não foram votados na Assembleia da República por falta de quórum. Falta de deputados da Oposição ? Não – falta de deputados do PSD, ocupados em outras actividades partidárias. O líder da bancada deu um puxãozito de orelhas aos relapsos e pronto, esta semana lá se votaria a coisa.
Um dos faltosos, o deputado Jorge Neto, não gostou da reprimenda e justificou-se argumentando que não podia estar na AR porque tinha ido gravar um programa à Sic-Notícias.
Bem visto, sim senhor. Isto é que é ter a noção das prioridades e da importância das coisas.
Não é ocupar o seu lugar como representante da Nação quando é necessário votar uma lei importante para todos nós (quer dizer, não é bem para todos, é só para os que trabalham, o que não parece ser o caso de JN), mas sim ir gravar – gravar, repita-se, pois nem sequer era um directo inadiável – um programinha à televisão que troca aparições de políticos por elogios variados em dias de aniversário.
Bem haja, Jorge Neto, pois na sua arrogante inconsci~encia nos demonstra do que é feita a fibra de um político do nosso tempo.


domingo, maio 16, 2004

Deslumbrante

Ontem fiquei pregado à TV, a ver o Festival da Canção da Eurovisão Central e de Leste (acho que a Espanha, a Holanda e a Inglaterra foram convidadas a participar).
Nunca pensei que, nos tempos que correm, ainda existisse no mundo toda uma civilização cristalizadano tempo, em especial os meados dos anos 90 da Europa Ocidentel.
Fa'cinante.

sexta-feira, maio 07, 2004

Sindicalismo a sério, o que é isso ? Alguém se lembra ?

No momento presente, a classe dos professores foi vítima de uma das maiores asneiradas de sempre do nosso sistema educativo. Nunca, em tempo algum, ditadura ou democracia, monarquia ou república, há memória de tanto erro num concurso só.
As razões são mais que óbvias: incompetência pura e simples. Dos decisores políticos e dos executores técnicos que puseram este concurso em marcha. Dezenas de milhares de erros, ou mesmo mais, pois em cada caso individual chegam a acumular-se diversos erros.
Tudo isto seria impensável se se passasse com outro grupo profissional com as qualificações académicas dos professores e a sua função social. Veja-se o caso dos médicos, sempre que algo lhes desagrada.
Qual a reacção – à falta de uma ordem profissional – do organizmo encarregue de defender os direitos dos professores ?
O pedido de demissão da praxe, as reuniões do costume e as aparições nas televisões que sempre sabem bem ao ego.
Mas, medidas a doer, alguém se lembrou de as propôr ?
Não falo, é claro, das greves às aulas do costume que só satisfazem alunos e Ministério.
Mas porque não propôr a realização de plenários de docentes nas Escolas para debater o estado das coisas, no horário das próximas provas de aferição, inviabilizando a sua realização, a menos que fosse despoletada a requisição civil dos docentes envolvidos ?
Seria esta uma medida demasiado radical para o sindicalismo que temos, acomodado às cadeiras do que é um poder estabelecido e que participa de bom grado na coreografia das greves anuais por 0,5% de aumento mais ?
Triste sindicalismo o que temos, enredado numa teia de interesses cada vez mais distantes do que é verdadeiramente importante para os docentes no terreno.
Quando toda a classe, ou a sua larga maioria, é posta em causa, refugiam-se nos clichés da orde. Fingem que levantam a voz e, desde que lhes pareça que ficaram bem no retrato, declaram-se satisfeitos, pois há sempre a possibilidade de um lugar de assessoria ou num grupo de trabalho a pingar da tutela.

Nota final: a documentação disponibilizada online pelo ME é de uma qualidade risível, chegando a, num impresso oficial para reclamações, se escrever “esclusão”, entre outros lapsos absolutamente incompreensíveis. O que vale é que, se em Entre-os-Rios não houve culpados, aqui certamente não existirão nem suspeitos.

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