quinta-feira, outubro 28, 2004

Deve estar um burro para morrer

A Clarita Ferreira Alves recusou um cargo com direito a mordomias, visibilidade pública e possibilidade de divulgar a sua verborreia escrita a bel-prazer.
O mundo deve estar para acabar.
Os astros devem estar a saltar das suas órbitas.

quarta-feira, outubro 27, 2004

Marcelo falou

E está falado.
Sempre era o que parecia.
Agora não há paes que nos valham nem silvas que nos escondam a verdade.

O Durão

O Zé Manel foi prá Europa pensando que as coisas eram como cá no burgo.
Faz lembrar aqueles rufias de bairro que aterrorizam a vizinhança mas que, quando chegam à cidade, dão com os burrinhos na água porque já já há quem mande.
Armou-se em bom, em autoritário, em intransigente (na verdade, apenas se recusou a recuar nos favores prestados a quem lá o meteu), e acabou com o rabinho entre as pernas, saindo pela direita baixa do palco.
É bem feito, que é para aprender.
Tomara que cá houvesse quem os tivesse no sítio para meter os que cá ficaram na ordem.
Infelizmente, o nosso cenourinha já mostrou que é demasiado british para pôr as coisas na ordem.
Só nos calham anedotas é o que é.

domingo, outubro 24, 2004

Nada como dar o exemplo

O Expresso continua a demonstrar como se escreve bem em português.
No caderno de Economia, fala-se da possibilidade de um túnel sobre o Tejo (já agora da ponte sob o mesmo).
E ainda andam a dizer que querem promover o conhecimento da Língua Portuguesa.
E se o praticassem ?

A Clara vai sempre a todas

A Clarita Ferreira Alves, um dos meus ódios de estimação, vai, diz-se, para nova directora do Diário de Notícias, directamente da Casa Fernando Pessoa, para onde tinha sido nomeada, pasme-se, pelo nosso actual Primeiro-Ministro.
A raparida tá sempre disponível para todas.
Se suspeitasse que era um cargo comvisibilidade, mordomias e bons contactos, até aceitava servir de escora para o túnel do Rossio.

sábado, outubro 16, 2004

Agarrem a franga, que está louca !

Não, não estou a falar do Conde White Castle...
É apenas do Luís Delgado e dos seus comentários frios, isentos e objectivos.

Supremo!!!

“Não sou pressionável”, afirma Miguel Pais (Paes?) do Amaral.
O público aplaude de pé.
Nasceu mais um talento da stand-up comedy em Portugal, quiçá no Mundo.
Cuida-te Bruno Nogueira !
Põe-te a pau, Seinfeld !

segunda-feira, outubro 11, 2004

Grande esquecimento

Há meses que ando para partilhar convosco a minha náusea pelo programa mais balofo e auto-complacente da televisão portuguesa. Certamente não adivinharão e se adivinharem, nem eu sei se acertaram porque nem consigo saber o nome da coisa.
Não são as entrevistas da Maria João Avillez na Sic-Notícias, embora andem lá perto.
Não é aquela coisa com livros do Francisco José Viegas na RTPN, nem o programa cóltural da Anabela Mota Ribeiro na 2:, nem sequer as conversetas da Rita Ferro ou mesmo aquilo que o Herman faz agora sempre aos fins-de-semana.
É, charam, o programa sobre qualquer coisa parecida com a sexualidade da responsabilidade dos psicólogos/psiquiatras, sei lá o quê, Júlio Machado Vaz e Gabriela Moita na RTPN.
Aquilo é que é uma conversa de chacha sem os “hh”, com uma pose do mais ridículo que há no mundo e com um conteúdo tão repassado e inócuo, que nem nos tempos do Freud passaria por inovador.
Eu penitencio-me porque, já há muitos anos, sempre que ia ao Porto tentava ouvir o programa radiofónico do JMV, acho que na Rádio Nova e então gostava imenso.
Só que o tempo passou por todos nós, menos pelo senhor que ainda não mudou uma vírgula ao que agora não passam de frases e fórmulas batidas, com um travo bafiento e uma única novidade na forma como o homem se senta assim como estivesse sempre prestes a libertar um gás intestinal para a nossa cara.
A sua partenaire também não ajuda, com aquele ar de doutora de esquerda bloquista, muito liberal, muito vamos aqui-fumar-um-charrito-que-é-o-máximo-de-combate-à-sociedade-capitalista-machista, muito práfrentex em tudo o que é sexo desde que não seja com ela, ou melhor, infelizmente porque ninguém quer com ela senão alguém com o mesmo perfil de filho de 68 já demasiado passado.
Enfim, é um desfile de vulgaridades, que no rescaldo do Pato com Laranja, em idos de 80 quando o Cavaco estava a chegar à sua maioria, ainda teriam algum sentido.
Agora aprende-se mais em qualquer saída nocturna ou mesmo no pátio de uma Escola Secundária.
Caros Gabriela e Júlio, paz às vossas almas (e cérebros).

Ministra dixit

A impagável (e imprestável) Ministra da Educação que nos calhou em sorte afirmou no final da semana passada no Montijo que as escolas primárias que estão fechadas ou as turmas dos outros ciclos que não têm aulas se devem a professores que ficaram doentes ou, caso que acha mais excepcional, que tenham morrido (foi mesmo isto qu ela disse).
Será que o ridículo não mata ?
Pe’cebe, sôra Ministra ?

sábado, outubro 09, 2004

Os do Porto e a política

O Porto e a sua região, entre muitos outros, deu-nos Manuel Fernandes Thomaz, Costa Cabral, Sá Carneiro, ou seja, alguns dos vultos com mais ímpeto transformador na nossa vida política. Até, para conceder uns pontos à actualidade, deu-nos um Lobo Xavier, cordato mas à moda antiga.
No entanto, e por cada um deles, deu-nos muito mais asnentos, em especial na actualidade, e com grande peso do PS.
Fernando Gomes, Narciso Miranda, Luís Filipe Meneses, Valentim Loureiro, Avelino Ferreira Torres, Nuno Cardoso, Manuel Seabra. São eles os herdeiros do velho caciquismo clientelista do século XIX, convertido em finais do século XX aos subsídios europeus.
São elos na grande cadeia alimentar da redistribuição dos proventos do Estado pelas clientelas que pacientemente vão arregimentando.
Antigamente, os políticos do Porto desembarcavam em Lisboa de comboio (na primeira metade de Oitocentos por outros meios) para mudar a governação. Agora chegam de avião ou carrinho alemão apenas para se governarem.

A lei da Natureza

Na Natureza, quando as grandes árvores são abatidas, passamos a vislumbrar os arbustos, mesmo os mais raquíticos, que muitas vezes viviam à sua sombra e como seus parasitas. O mesmo se passa com os animais; quando os grandes predadores se afastam, passamos a ver todo o tipo de bicharada, mesmo os mais insignificantes insectos e vermes que se arrastam pelo solo.
O mesmo se passa na política.
Quando chegamos ao ponto que chegamos, começamos a vislumbrar os Luíses Filipes Meneses desta vida, a opinar desenfreadamente sobre o destino das grandes árvores e dos grandes predadores.
È o chamado colocar-se em bicos de pés para ver se alguém os vê e lhes dá atenção.
Infelizmente, a este tipo de insignificâncias ninguém se interessa em calar.
Verdade seja dita que é porque ninguém se interessa verdadeiramente por eles e pelo que pensam que pensam.
No fundo, aparecem apenas para ocupar um tempito de antena ou um espaço em branco de jornal, aquele espaço em que outros não puderam aparecer, por “motivos de força maior”.

quarta-feira, outubro 06, 2004

Remédio para dormir

Nas raras vezes que tenho insónias, costumo contar ou carneiros, ou ovelhas ranhosas ou ovelhas negras.
Em qualquer dos casos acima, o método é o seguinte:

Um Gomes da Silva
Dois Gomes da Silva
Três Gomes da Silva
Quatro Gomes da Silva
Cinco Gomes da Silva
.........
(Ad nauseum)

Só temos o que merecemos II

Tirando as escolas que estão fechadas, por esta ou aquela razão, todas as outras estão abertas.

A nossa Ministra da Educação não disse bem isto, hoje na AR, porque não soube articular o seu pensamento de forma tão breve, clara e sucinta.

terça-feira, outubro 05, 2004

Chchchchchchchch!!!

Carlos Carvalhas vai abandonar a liderança do PCP.
Vou sentir a sua falta.
Chechechechechechechechecheche....

Pensamento aterrador

Com a aliança PSD/PPD/CDS/PP a encostar à direita e o PS ao centro, será que a esquerda irá ser maioritariamente ocupada por metade da enorme bunda do Anacleto Rosas ?
Pensamento sinistro que me não deixa dormir há algumas noites.
Acho que prefiro emigrar para a Serra Leoa, quiçá mesmo para a zona de Darfur no Sudão.
Lá é mais seguro.


sábado, outubro 02, 2004

Afirmação muito polémica da semana

“Eu não sou uma besta” (A. J. Jardim)

Está tudo dito

Manuel Seabra e Narciso Miranda, este por indicação daquele, fazem parte da lista de José Sócrates para a Comissão Nacional do PS.
Está tudo mais que percebido.

Só temos o que merecemos

Os professores têm a Ministra que merecem.
As últimas prestações da sôtôra perante os meios de comunicação social demonstram à saciedade a displiscência, indiferença, sobranceria e, talvez bem pior, a mera falta de educação da dita cuja perante os professores e alunos dos ensinos básico e secundário deste país.
A criatura não percebe nada do assunto (já os secretários de Estado têm-se revelado bem melhores do que eu esperava), mas sente-se com a rectaguarda protegida e arma-se em “chica-esperta” quando é interrogada sobre o seu desempenho, reagindo como se estivesse perante os seus alunos da Faculdade, argumentando de forma confusa, virando as costas quando incomodada, atirando respostas parvas para a multidão.
Mas a culpa é, em grande parte dos próprios professores que, àparte um ou outro sindicato com algum poder de intervenção, nunca se souberam constituir como um grupo de pressão eficaz.
As políticas de educação são definidas e implementadas com consultas apenas a pequenos grupos de apaniguados das estruturas ministeriais.
Até nos debates televisivos sobre a Educação ou a situação da colocação dos professores se vê o desrespeito a que chegámos. Nas mesas de honra temos políticos, sindicalistas (que não são verdadeiramente professores há muito tempo), docentes universitários, opinadores, representantes de associações de pais, etc. Só não temos professores reais. Quando existem, estão na assistência como figuras decorativas, com direito a uma intervenção e pouco mais. Quando não despejam a cartilha do politiquês correcto e das tristes pedagogias da moda bem pensante, são olhados com comiseração e ignorados no que afirmam. Quanto muito, para apimentar as audiências, realçam-se os “dramas humanos” de quem anda com a casa às costas.
Para a opinião pública média o professor decaiu na sua consideração social, para os decisores políticos passou a ser (a par dos alunos) carne para o canhão das experiências educativas, para os alunos deixou de ser, por regra, uma figura de referência.
Depois ainda nos calham destas ministras sorteadas entre os conhecimentos de não sei quem. Juntamente com o breve Diamantino Durão (ministro porque era tiozinho do Zé Manel), o sempre pronto para cargos Couto dos Santos, a gestora Manuela Ferreira Leite, esta parece vir a ser um(a) dos(as) piores ocupantes do cargo de sempre.
Pior só a catastrófica secretária de estado Ana Benavente com a sua beatífica posição desresponsabilizante e irresponsável, caucionada pelos apoios no aparelho PS e por nebulosas teorias pseudo-científicas.
Mas essa, infelizmente para quem anda no sistema educativo, se calhar ainda volta, de tão mal que isto anda.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?