quarta-feira, julho 30, 2003

Já alguma vez ouviram o programa "Freud e Maquiavel" da TSF ao domingo de manhã?
Não ???
Não sabem o que perdem.
É o maior ataque (duplo) de narcisismo a que alguma vez assisti.
Eu obrigo-me a ouvir aquilo, semana sim, semana não, só para aprender como não quero ser quando for grande.
Eu lá tento achar qualquer frase que não venha untada de auto-complacência e auto-satisfação a 110%, mas não consigo.
Os intervenientes são do melhor, dentro do género: o psiquiatra Carlos Amaral Dias disserta sobre tudo e nada no estilo mais rebuscado e palavroso que se pode encontrar, só pedindo meças a político em situação de entalanço. Faz a melhor caricatura de intelectual no mercado, batendo todos os cómicos disponíveis por KO. O jornalista Carlos Magno espraia a sua vaidade a um ponto além do ridículo; quando não percebe o interlocutor faz umas interjeições que é para não dar parte de fraco. Quando o oiço só me lembro da estórinha que me contou um amigo sobre quando ele dirigia a delegação do "Expresso" do Porto e começaram a aparecer os telemóveis. Reza a lenda que foi para a casa de banho telefonar aos colegas, só para experimentar e exibir o seu então recente télélé.
A palavra favorita dos dois é "fantástico". É tudo "fantástico" desde a mais comezinha observação do parceiro à mais elevada referência cultural que trouxeram anotada para o programa.
"Fantástico" melgas, como dizia o Mike (vejam lá se identificam a referência ?).





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