sábado, julho 26, 2003

Já não há mentiras como antigamente.
Agora é difícil encontrarmos algo mais do que o "grau zero" da mentira - o "não fui eu !", o "não estava lá !", o "não sei do que fala !" ou o mero e indignado "isso é mentira !!".
Nunca os desmentidos foram tão pobres como agora, com razão ou sem ela.
A mentira já foi uma arte (veja-se a propósito o que escreveu Oscar Wilde), agora é um mecanismo automático.
A mentira já exigiu imaginação, sofisticação. Agora está reduzida à negação mais rasteira.
A mentira já foi, e não tão invulgarmente, melhor do que a verdade.
Agora é tão má como a própria verdade.





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