sábado, outubro 11, 2003

Galeria dos génios nacionais – Parte Ic (Ciências Sociais, Política e Revolução Social, para abreviar)

Mais um exemplo maior de génio do pensamento político-social cósmico a que só o injusto atraso de um século e tal no nascimento retirou maior protagonismo é o de Boaventura Sousa Santos.
Vanguardista do pensamento do senso-comum, detractor da ciência como fonte de obscurantismo, inventor do “paradigma emergente”, BSS é o infeliz revolucionário sem revolução à mão. Como se o Lenine tivesse nascido no mês passado ou o Savonarola fosse filho de um dos cardeais tridentinos, BSS foi traído pela sua época.
O mais que se arranjou foi um Fórum Social, à falta da Revolução Social. Tivesse ele vivido entre finais do século XIX e início do século XX e a face da Terra não seria a mesma. Teríamos metade do mundo à imagem da Albânia ou mesmo da Coreia do Norte. Certamente que não teríamos problemas ecológicos, pois ainda andaríamos todos de bicicleta e de arco e flecha, à moda do bom selvagem amazónico.
A isto chama-se visão prospectiva regressiva pré-ecológica emergente.
Na falta de uma época à sua medida, BSS vive amargamente de subsídios para investigar esta, do alto de um Observatório que desmerece uma personalidade a que só milhares de estátuas monumentais espalhadas por todo o Hemisfério Norte (e Sul, já agora) poderiam fazer devida justiça – em fato de passeio, saudando o povo, de sorriso aberto no rosto e escopeta ao ombro.





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