sábado, outubro 11, 2003

Galeria dos génios nacionais – Parte I (Ciências Sociais, Política e Cosmos, essencialmente)

Começamos hoje uma análise, obrigatoriamente longa, da galeria dos génios nacionais. Ao contrário do que as estatísticas internacionais sobre a Educação, Ciência e Tecnologia ou mesmo dos Prémios Nobeis atribuídos, Portugal é o território com o mais elevado ratio génio/população morta ou viva que existe em toda a Via Láctea e galáxias adjacentes.
Eles (mais que elas) são tantos que é difícil escolher por onde começar. Mas, enfim, por alguém devemos arrancar por isso vou começar por um dos mais insignes e evidentes, ou seja, o político, cronista, opinion-maker, cientista social, ex-ministro, ex-deputado, potencial Presidente da República frustrado, que assina e responde pelo nome de António Barreto.
O homem é um portento.
Desde que foi ministro nos idos de 70 e sozinho derrotou as falanges totalitárias do PCP no Alentejo que se afirmou como a incarnação do sábio iluminado destinado a um lugar ímpar na condução dos nossos destimos colectivos.
Só a sua visão tornou possível um trajecto político de coerência extrema, ao sair do PS pela direita alta para a AD, nele reentrando pela esquerda baixa, sempre em busca de novo cargo de responsabilidade executiva. Derrotada pelas invejas alheias, escreveu centenas de páginas a criticar todos aqueles de que se aproximou e que, na sua visão clara e límpida das coisas, trairam os seus (dele) princípios, aqui se incluindo todos os líderes do PS das últimas décadas.
A sua sapiência transborda por todas as áreas do conhecimento humano e sobre tudo escreve e tudo investiga, desde que o Estado subsidie os alunos(as) que fazem o trabalho, porque isto de pensar criticamente exige muito tempo.
Com conhecimento de causa, despreza todos os seus contemporâneos que mais longe que ele chegaram na vida política, do mero Presidente de Câmara (espécie rastejante e das mais baixas na escala da vida política, só acima de vereador com o pelouro do Urbanismo ou Presidente de concelhia de partido político) ao próprio Presidente da República.
O homem tem uma visão que, como a de todos os predestinados, não mudou no último quarto de século e que é grandiosa: a do seu destino como grande pensador e estratega político nacional, a quem os destinos do reino, perdão, república, deviam estar entregues.
O único problema é que a realidade – subsídios para pesquisa e espaço na imprensa à parte – insiste em não lhe fazer a vontade.
Mas um dia justiça lhe será feita e então sereu eu visto como o primeiro profeta da sua genialidade.





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