domingo, setembro 21, 2003

Então, meu, para que é que escreveste ?

No suplemento Mil Folhas do Público, um dos cronistas decidiu escrever sobre o Booker Prize deste ano. Confesso que quase todos os últimos anos comprei o livro que o ganhou porque mau nunca é. Pode haver melhores, mas o que ganha nunca é um mau livro e está, por norma, acima da média. Por isso fui ler a crónica porque sempre tinha uma ou outra pista sobre os livros deste ano.
Ora o rapaz, penso que quem escreveu o texto era do sexo masculino, comçea por divar sobre as exclusões da shortlist. Pois é, o Martin Amis ficou de fora porque isto e aquilo e até é o escritor inglês de que o cronista mais gosta; depois o Graham Swift e J. M. Coetzee também não foram incluídos e são muito interessantes e tal. Pois é, este ano os finalistas são todos novos, tirando a Margaret Atwood. Pois é, o cronista em causa não leu ainda nenhum dos livros seleccionados, mas apenas e só recensões sobre os livros.
Ora bolas, então para que é que escreveu esta merda de texto. Se não leu, não leu, ok, escrevesse sobre outra coisa. Se queria escrever encomendasse um ou dois livros pela Amazon no início da semana que, pelo fim, já cá os tinha. Agora escrever um texto sobre o que não leu, queixando-se que não seleccionaram os livros que leu, é um grande cócó. E assim se ganha a vida a escrever para um jornal “de referência”.





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